quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Manifestamo-nos para sempre.

Pedi emprestado a Almada Negreiros o nome deste blogue. Porque se, em tempos, o imperativo moral dos modernistas era erguer a voz contra o mofo de Dantas persistentes, hoje, a "common people" tem como dever erguer voz — e corpo — contra a hipótese de extinção da infância, de tudo o que ela implica em termos reais, mas também no que diz respeito ao nosso imaginário, ao nosso modo de encarar o mundo, de o fitar. Ou seja, continuamos a lutar contra o mofo, contra os fungos que se disseminam por todo o lado e atacam as nossas possibilidades, minam os nossos caminhos. Por esse motivo, a frase que todos os dias aqui me acompanha exprime exactamente isso: "Ter um filho nos dias que correm é uma espécie de manifesto." E, curiosamente, é uma espécie de manifesto pelos leitores de poesia. Semelhante àquele que escreveu a minha amiga Filipa Leal. É que, felizmente,




Como a infância. Como um passeio no jardim. Como as memórias. Como um livro infanto-juvenil. Como este blogue. Como os amigos. Que, como os poetas e a infância, só servem para ouvir e ser ouvidos. Por isso, eu vou hoje manifestar-me com a Filipa. Hoje e sempre, claro. É para isso que eu sirvo. PIM!


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